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PAINEL HISTÓRICO

O Memorial IHM em Itu é um projeto do Instituto Histórico Militar – IHM para contribuir com o resgate, preservação e divulgação de nosso passado histórico, e garantir às novas gerações o acesso à cultura e memória daqueles que nos antecederam.

O Memorial IHM em Itu será constantemente ampliado, recebendo novos elementos, cenários, painéis, réplicas e também doações de cidadãos, permitindo um acervo rico e instrutivo para o público. Tornando-se uma peça no circuito turístico da cidade. Além de contribuir para a preservação da memória das Forças de Segurança, em especial a Polícia Militar em Itu.

Este memorial sediado na 1a Cia do 50º BPMI é uma grande iniciativa para aproximar o cidadão de sua história e de sua polícia.


A Policia Militar na cidade de Itu sediada no 50º BPMI, junto a guarda municipal ituana, trazem em suas fardas o peso da tradição e da história. São séculos de sacrifícios e lutas para conquistar e preservar as terras onde nosso povo possa viver pacificamente. As forças de segurança tiveram outras designações ao longo do tempo, mas vergando a farda sempre tivemos o mesmo tipo de cidadão, com o ideal de defender, proteger a sociedade e garantir o respeito às leis e à constituição. Não importando os riscos desta postura, o povo ituano se posicionou contra todas as tentativas de golpes e leviandades de governantes, desde o período colonial, passando pelo Império, Republica. O tempo passa, os governos vêm e vão, mas a instituição policial permanece, assim como nossa fé na Igreja, nosso respeito ao Estado, e nosso amor ao povo. Itu por séculos foi referência de respeito as instituições e as leis, da boca do sertão, da fidelíssima ao Império e berço da republica, até o sacrifício de seus filhos nas trincheiras do dever e da honra de 32, Itu permanece fiel e orgulhosa. Fiel a seus princípios, e orgulhosa de seu passado. Parabéns ao povo ituano. Força e Honra.

Painel Histórico: Publicações

PAINEL HISTÓRICO

São 4 etapas constitutivas de nossa história. Explicada pelo Brasão de Armas da Cidade de Itu.

O Brasão de Armas de Itu foi idealizado pelo historiador Afonso D’Escragnole Taunay, e aborda simbolicamente nossa identidade.

Vamos conhecer um pouco dessa história?

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FUNDAÇÃO

Esse período é retratado no Brasão de armas de Itu com o Gibão bandeirante no centro de um escudo português.

- Escudo Português. Representação de um escudo militar, utilizado na heráldica para representar a base do Poder do Estado monárquico. Portugal utilizava um esculo vermelho, como base para sua dinastia, sobre o qual assentava os símbolos das casas reais.

- Gibão Bandeirante. Um colete acolchoado, tinha funções militares, protegendo os soldados de flechas e estocadas de armas.

O BANDEIRANTE Domingos Fernandes funda a povoação de Itu em 1610, com a construção da capela N.S. Candelária, atual Igreja do Bom Jesus. ( onde hoje há o marco de fundação da cidade na Praça Padre Anchieta)


O bandeirante era descendente do mítico cacique Tibiriçá, primeiro herói Paulista. (Os pais de Domingos Fernandes eram o fidalgo português Manuel Fernandes Ramos e a paulista Suzana Dias neta do famoso cacique Tibiriçá – líder indígena que organizou um exército para combater tribos rivais que estavam sitiando a Vila de Piratininga – futura cidade de São Paulo)


Como era a Polícia nessa época?

As Forças de Segurança no período colonial eram chamadas de Milícias e Ordenanças. Formadas por cidadãos voluntários, que se reuniam em caso de necessidade.
Em 1645 foram criadas as Tropas Auxiliares, substituindo as Milícias em todo os Reino Português, criado dentro de uma hierarquia e treinamento militar, e conjunto de regulamentos profissionais. Essa nova organização foi necessária devido a recém independência de Portugal em relação ao Império Espanhol, nisto o Brasil permaneceu junto a Portugal. E necessitava de forças de segurança mais bem treinadas, armadas e aptas a múltiplas tarefas, além do policiamento. Em caso de necessidade seriam convocadas para combater invasores em nossas fronteiras.

Soberania

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SOBERANIA

Esse período é retratado no Brasão de armas de Itu com as bandeiras Império do Brasil.

A bandeira do Império do Brasil em seu Brasão é um tributo a luta do povo Ituano por defender um Brasil Soberano, Forte e Unido, durante a crise da regência em 1822, durante a guerra da Independência e novamente mais tarde na Guerra do Paraguai.

Por seu papel na defesa da Independência do Brasil, D.Pedro I concedeu a Itu o título de "Fidelíssima do Império".

Durante o período imperial ocorreram diversas revoltas, uma delas iniciou no interior da Província de São Paulo, precisamente em Sorocaba, dali se espalhou pelo país. Foi a chamada Revolta Liberal de 1842. Nela cerca de 300 cidadãos de Itu juntaram-se as tropas rebeldes do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, marchando para a capital


Rafael Tobias de Aguiar foi um político e militar paulista. Conhecido como "Brigadeiro Tobias de Aguiar", era um dos chefes da Revolução Liberal de 1842, em São Paulo. Ele foi aclamado pelos revoltosos como presidente da província de São Paulo, o que corresponderia ao atual Governador do Estado.

Aos 23 anos, foi major das milícias que viriam a ser a Guarda Nacional. Aos 26, reuniu 100 homens às suas custas para combater as tropas portuguesas que se opunham à Independência. Ganhou projeção e virou político, entre 1831 e 1835 e de 1840 a 1841, foi por duas vezes Presidente da Província de São Paulo.

Em sua primeira gestão, criou a Guarda Municipal Permanente, composta por cerca de 130 homens, que em 1891 se transformou na Força Pública e na década de 70, em Polícia Militar.

Como a pequena tropa serviu de embrião à PM paulista, Tobias é considerado o patrono da corporação e dá nome ao 1º Batalhão de Polícia de Choque de São Paulo, a famosa ROTA– rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.

Como era a Polícia no período imperial?

No período imperial a segurança pública foi aperfeiçoada em 1831, com a criação do Corpo de Guardas Municipais Permanentes ( sediado na Capital com destacamentos regionais) e as Guardas Policiais ( sediados em municípios), reorganizando as forças de segurança na Província de S.Paulo, sob o comando do Regente Feijó. Foi a primeira instituição pensada para exercer o policiamento e ordem pública de forma dedicada, profissional e descentralizada, com sede nos Estados e Municípios.

Em 1850 Itu contava com 4 companhias e 606 homens na Guarda Policial.

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PROSPERIDADE

Esse período é retratado no Brasão de Armas de Itu com a coroa mural da cidade, símbolo de autonomia municipalista, de oito torres de prata, e o barrete frígio representa a propaganda republicana, e recorda a data da memorável Convenção de Itu (1873).

- Coroa Mural da Cidade, de prata com 8 torres. Coroa de prata com oito torres, sendo cinco torres à vista. Destas cinco, as duas das extremidades vão vistas pela metade, dando ideia de que suas outras metades estariam dando volta para a parte de trás. É de PRATA, que deve ser usado em TODOS as coroas murais dos brasões de cidades brasileiras que não sejam Capitais.

- Barrete Frígio.

O barrete frígio ou barrete da liberdade é uma espécie de touca, originariamente utilizada pelos moradores da Frígia (antiga região da Ásia Menor, onde hoje está situada a Turquia). Foi adotado, na cor vermelha, pelos republicanos franceses que lutaram pela tomada da Bastilha em 1789. Por essa razão, tornou-se um forte símbolo do regime republicano. Durante o século XVIII, o barrete frígio vermelho ganhou também a significação de símbolo da liberdade, segurado acima do mastro da liberdade durante a guerra da independência dos Estados Unidos da América. Ela faz parte de emblemas nacionais da França, Argentina, Paraguai, e outros países.

No século XVIII, Itu se firma como entreposto de comércio na rota entre o sul do país e as regiões mineradoras de Mato Grosso e Goias.

Em 1777 a Vila de Itu se destaca pela exportação de açúcar. Em 1842 é elevada categoria de Cidade, já a mais rica de S.Paulo.

O Movimento Republicano teve grande força em Itu, que resultou, em 1873, na realização da Primeira Convenção Republicana do país. Além de sediar o inicio da propaganda republicana, com a criação do Partido Republicano Paulista. Por isso mesmo, Itu é chamada de “Berço da República”. Culminando a Proclamação da República em 1889.

- Convenção Republicana de Itu – 1873.

A Convenção de Itu realizada em 18 de abril de 1873, na residência de Carlos de Vasconcelos de Almeida Prado, foi considerada a primeira reunião oficial dos republicanos no Estado. Originária dos clubes radicais defensores do liberalismo e do positivismo, organizados entre 1871 e 1872.

Qual foi o principal resultado da Convenção de Itu?

Na convenção, foi aprovada a criação de uma assembleia de representantes republicanos que se reuniria em São Paulo. Uma comissão designaria os negócios do partido. Participaram 133 convencionais, sendo 78 cafeicultores e 55 de outras profissões, a representar os republicanos de várias cidades paulistas.


Como era a Polícia durante o início da República?

Em fins do século XIX a polícia foi reorganizada como Força Pública. E através da Missão Francesa, em 1906, passou a receber um treinamento mais técnico e especializado para policiamento urbano e rural e combate militar para pacificação.

- Missão Militar Francesa na Força Pública do Estado São Paulo foi a contratação, pelo então presidente do Estado, Jorge Tibiriça, de militares do Exército da França a fim de promover a profissionalização dos integrantes da polícia ostensiva em 1906.

A Missão Francesa foi dividida em duas fases, sendo interrompida com o estopim da Primeira Guerra Mundial.

Na primeira fase (1906 a 1914), o coronel Paul Balagny criou as bases da Polícia Militar que temos hoje, implementado técnicas administrativas, padronizando uniformes e equipamentos, promovendo o bem-estar físico e estimulando o desenvolvimento educacional dos integrantes.

Na segunda fase (1919-1924). Em 1919, com o fim da Grande Guerra, Antoine Nérel, agora General do Exército francês, retorna ao Brasil para um novo contrato firmado com o governo paulista. A fase, conhecida como “Segunda” Missão Francesa de Instrução, retomou a tarefa de orientar a instrução da Força Pública de São Paulo, com métodos modernos, baseados na experiência dos franceses, vencedores do, até então, maior acontecimento bélico da história humana.

A instrução da tropa, em todas as suas modalidades, continuou em franco progresso, sob a direção do dedicado chefe, dotado de uma modelar capacidade de trabalho ao lado de suas intensas atividades.

Foi com esse desejo de atualizar os conhecimentos dos oficiais que o General Antoine François Nérel propôs a criação do CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS (CAO). Os assuntos do curso abrangiam os regulamentos adotados na Força Pública, referentes à Arma a que pertencer o aluno, emprego dos carros de assalto, trabalhos de campanha e organização do terreno, emprego dos petrechos utilizados na infantaria, do material empregado no serviço de campanha e especialmente do regimento de campanha, dos meios de ligação e de transmissão, usados pelos exércitos em campanha, de topografia prática e noções teóricas, aspectos fisiológicos da ginástica, noções de hipologia prática, serviço do Estado- Maior em campanha e organização do Exército Nacional.

O curso era composto por um Major diretor, um professor de Infantaria, um professor de Cavalaria, dois professores de Aviação, dois professores de bombeiro e quatro professores de matérias comuns a todas as armas.


O êxito da atuação da Missão Francesa na polícia paulista foi o principal motivo para a contratação da Missão Francesa pelo governo federal, a fim de profissionalizar o Exército Brasileiro, em 1919.


O Decreto Estadual 50.713/2006 criou a Medalha Coronel Paul Balagny, por ocasição do centenário da Missão Militar Francesa de instrução da então Força Pública do Estado. É laureada às personalidades civis e militares, ou instituições, que tenham se destacado por relevante contribuição às ciências, letras, artes e cultura, resultando em benefício da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

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CONSAGRAÇÃO

Esse período é retratado no Brasão de armas de Itu No listel de goles (faixa em vermelho) com letras de prata, a frase latina (AMPLIOR ET LIBERIOR PER ME BRASILIA. ) que fala do orgulho justificado dos ituanos pela expansão de nossas fronteiras e liberdade de nossa pátria (Por mim o Brasil cresceu e se libertou).

Imbuídos por este espírito patriótico e defensor das liberdades cívicas, Itu palco central do bandeirantismo, da criação do Brasil Império, e da criação do Brasil Republicano, não poderia deixar de participar da maior mobilização cívica que houve no Brasil - a Revolução Constitucionalista de 1932.



O que foi a Revolução Constitucionalista de 1932?

A Revolução de 1932, que foi um movimento armado ocorrido nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, entre julho e outubro daquele ano, e tinha como objetivo derrubar o governo provisório do presidente Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.


Dois anos antes, Vargas foi derrotado nas eleições e havia dado um golpe de estado, derrubando o então presidente da República Washington Luís, e impedir a posse do sucessor eleito nas eleições de 1930, Júlio Prestes. Além disso, com a tomada do poder, Vargas fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais, além de cassar a Constituição de 1891 e assumiu o controle de todas as forças policiais nos estados.


Itu teve participação efetiva na Revolução de 1932 por meio do 2º GAC L Regimento Dedodoro (então 4º RAM – Regimento De Artilharia Montada), que desempenhou função de apoio de fogo às tropas constitucionalistas na chamada “Frente Norte”, no Vale do Paraíba.


Muitos jovens se alistaram como voluntários, formando o 3º Batalhão de Caçadores Voluntários (BCV), com quartel e sede no prédio do Grupo Escolar Dr. Cesário Motta (rua Paula Souza). Ali foi feito treinamento para que os jovens paulistas, cheios de ideais, estivessem aptos a marchar para frente de batalha. Os combatentes ituanos deram apoio de fogo às tropas constitucionalistas na chamada Frente Norte, no Vale do Paraíba, percorrendo as cidades de Lorena, Cachoeira Paulista, Silveiras, Areias e Santa Rita.

Destacam-se histórias como a do carioca Tenente Sylvio Fleming (1905 – 1932), morto no fronte, que veio servir o exército no quartel local. O médico Deodoro de Moraes Lima (1892 – 1963), que atuou como voluntário, como profissional de saúde nas frentes de revolução. Seu acervo está preservado no Museu da Música – Itu, na coleção de sua viúva, a pianista Anna Escobar. Mulheres atuaram também como voluntárias. Francisca das Chagas Oliveira (Nhá Chica Messias) trocou o vestido pela farda, para instrução de soldados.

Como estão constituídas atualmente as forças de segurança em Itu?

Na segurança pública em 1926 foi criada a Guarda Civil para auxiliar a Força Pública no policiamento urbano. E em 1970 a Força Pública e Guarda Civil foram reunidas na criação da Polícia Militar do Estado de São Paulo.


Em 1986 foi criada A Guarda Civil Municipal, e a primeira turma de Guardas Civis Municipais Feminina foi formada em 1992. A sede própria da Guarda Civil Municipal foi inaugurada em 2014 e está localizada na Avenida Prudente de Moraes, n.º 875 no bairro Jardim do Estádio.


Em 2005 foi fundado o 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior, sediado em Itu, responsável pelo policiamento de Itu, São Roque, Mairinque, Araçariguama, Salto, Porto Feliz, Tiete e Jumirim. Sua sede está localizado na rua Arquiteto Márcio João de Arruda, 350 - Vila Leis – Itu. o batalhão conta com Rádio Patrulhamento, Ronda Escolar, Policiamento Comunitário, Força Tática, Policiamento com Motocicletas. O 50º BPMI também desenvolve atividades sociais como o Programa Educacional de Resistências às Drogas (Proerd), Jovens Brasileiros em Ação (JBA) e o Programa Vizinhança Solidária (PVS).

Painel Histórico: Mídia
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