A Revolução de 32 foi separatista?
O separatismo sempre existiu, em locais e épocas. Não foi diferente em 32. A questão é que não havia de modo algum uma orientação oficial do movimento nesse sentido, até porque a maioria dos lideres do movimento não eram paulistas: os coronéis do Exército Figueiredo e Palimércio eram Fluminenses, os Generais Klinger e Isidoro Dias Lopes eram gaúchos, políticos como Raul Pila, Borges de Medeiros, João Neves de Fontoura, Arthur Bernardes eram gaúchos ou mineiros.
Os combates mais acirrados foram travados no Mato Grosso, as últimas batalhas foram realizadas no Rio Grande do Sul, houve combates em Salvador na Bahia, Belém no Pará e em alguns rincões da Amazônia.
Após a guerra historiadores comprovaram que o governo Vargas utilizou sua maquina de propagando, para difundir diversas noticias nas rádios e jornais para confundir o público e tentar reduzir o apoio a causa paulista.
Foram acusações de ser comunista ( apesar do próprio governo tenentista ter oferecido a chefia do governo provisório ao militante comunista Luís Carlos prestes ), acusaram os paulistas de tentar criar uma colônia italiana, ou ser fascista por causa dos imigrantes italianos, o que também era hipocrisia porque os apoiadores de Getúlio imitavam as milícias fascistas. Então a acusação de separatista era mais um artificio da maquina de propaganda.
A velha lição se fez aqui, na guerra a primeira vítima é a verdade.